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A notícia da morte de Scott Weiland, aos 48 anos, entristece, mas não surpreende. Quem acompanha a trajetória dele, marcada por excessos de toda a natureza, sabia que sua morte poderia acontecer cedo ou tarde, mesmo ainda sem ter a certeza se ela foi por decorrência do consumo de drogas ou não.
O importante, principalmente nesse espaço, é da obra, do legado que ele deixou. Nunca fui fã do Velvet Revolver, apesar de reconhecer que ali tinha até alguns momentos interessantes. Mas no Stone Temple Pilots, eles foram muito além de "mais uma banda que parecia o Pearl Jam". Primeiro, porque o tempo mostrou que não parecia tanto assim. Segundo, em virtude de suas músicas, principalmente nos três álbuns iniciais Core (1992), Purple (1994) e Tiny Music... Songs from the Vatican Gift Shop (1996), apesar de eles terem coisas bem legais ainda nos trabalhos posteriores, como Days of the Week, de 2001 e Dare If You Dare (2010).
O Stone Temple Pilots nos últimos anos, sem ele, é outra banda com seus acertos e erros. Ele era a voz da banda, muito além de ser o vocalista. Mas ele podia voltar, ele sempre poderia voltar, como voltou em 2010, para sair logo em seguida. Agora não voltará mais. É o fim de um ciclo.
Ainda adolescente, eu tinha a mania de gravar em fita VHS os videoclipes e shows que passavam na TV. Cultivei esse hábito por anos. Foram dezenas de fitas (cerca de 70 ou 80), com 6 horas de material em cada. São milhares de músicas e shows, todos catalogados e guardados em algum lugar na casa da minha mãe.
A primeira música, da primeira fita, era essa aí abaixo. Fica meu agradecimento e reconhecimento por tudo o que fizeram. Obrigado, Scott. Descanse em paz.