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Nesse momento que este texto e más traçadas linhas é divulgado, boatos
"Voando Alto", resenha do show de Noel Gallagher's High Flying Birds no RJ em 2012
Outro sintoma importante deste trabalho é de como Noel está cada vez mais focado nas composições, nas melodias e menos em seu ofício de guitarrista. Isso já ficou claro no primeiro trabalho, mas agora está ainda mais latente. Riverman é o baixo que se destaca, além do leve flerte de Wonderwall no início (e da letra, com o início de Something dos Beatles). Merece registro o sax bem canastrão, bem Sting ao final.
In the Heat of Moment é o chiclete que gruda e faz cantar, mesmo sem emocionar. The Girl wih X-Ray Eyes vale pelo baixo (de novo!). Lock All the Doors lembra Morning Glory (do... Oasis).
Os destaques são: The Dying of the Light com bela letra e melodia. Ponte e refrão do jeito que Gallagher ensinou em seus melhores momentos. Boa surpresa também é The Right Stuff e seu estilão meio jazz (canastrão, algo que Noel não curtia). Solo de guitarra no fim, mas perceba: é pouco perceptível. E o sax, novamente presente.
É um trabalho melódico, na maior parte calmo, com alguns lampejos do que Noel Gallagher sabe fazer de melhor. Não é um trabalho ruim, mas é nítido que ele pode ir além. Se é um esgotamento e por isso o Oasis pode em breve se reagrupar, só o tempo irá dizer.
Mas fica um gostinho de que podia ser melhor, apesar de seus bons momentos. Impossível impedir de Noel de perseguir o passado. Só precisa de um pouco mais de afinco.
Assista ao videoclipe de Ballad of Might I de Noel Gallagher's High Flying Birds: