(Créditos: Rômulo Juracy / Esp.CB/D.A. Press)
As escolhas de Linkin Park e Panic! at the Disco como principais atrações na edição brasiliense do Circuito Banco do Brasil foi conectada com os anseios do público... De 2005. Mesmo com quase dez anos de atraso, a expectativa e o saudosismo, elementos fundamentais na vida de todo roqueiro, moveram milhares de pessoas (algo entre 20 mil e 30 mil pessoas, no meu olhômetro que nunca acerta) para o estacionamento do Mané Garrincha.
Não tive paciência para aguentar a Plebe Rude (somada por Dado e Bonfá). O calor era implacável e quis preservar minha saúde física e mental. Cheguei pra ver o Skank, que mesmo sem lançar um álbum relevante nos últimos dez anos, fez um show sensacional, mesclando a quantidade (bem generosa) de hits com algumas músicas (muito boas) do recente trabalho. Banda afiada, ensaiada, um dos melhores shows do pop rock nacional sem a menor sombra de dúvidas.
O Panic! at the Disco está longe de ser minha banda predileta desse nicho (pop punk, emo, nomeie como quiser), mas fui curioso para conferir alguma música do excelente Pretty Odd (segundo disco dos caras), álbum com clara influência beatle, bem diferente dos demais. Inclusive a banda "rachou" após deste lançamento, dois integrantes saíram e o grupo resolveu voltar ao som do primeiro cd. E hoje ela está nesse estilo (inclusive nos dois recentes trabalhos), que não me interessam muito. Gostei da dobradinha Nine in the Afternoon (desde álbum que falei) / Bohemian Rhapsody (do Queen) e a saideira, o primeiro hit do grupo, I Write Sins Not Tragedies.
Já o Linkin Park também está longe de ser meu grupo predileto do new metal, apesar de eu ter declarado que gostei do recente trabalho dos caras The Hunting Party (2014), algo que motivou a sofrer bullying diário nas redes sociais e na rua. O show foi melhor do que o anterior que conferi, no festival SWU (em 2010), quando eles estavam em uma fase chatinha, divulgando o hum, "climático" A Thousand Suns. O miolo da apresentação caiu bastante exatamente por resgatarem esse clima, mas os hits dos primeiros álbuns e do meu predileto, o Minutes to Midnight (2007) no início e final do show, animaram (em muito) o público, que cerca de 80% estava lá por eles. E sim, as músicas do (bom) álbum lançado neste ano, funcionam bem no palco (mais bullying por aí haha).
A organização foi excelente, só achei que R$ 8 por uma latinha de cerveja e R$ 5 na água ficou um pouco salgado para um festival que deixou um doce sorriso nos fãs de várias gerações. Aguardamos as próximas edições.