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O décimo oitavo álbum de Bruce Springsteen poderia
surpreender ou causar alguma estranheza, exatamente por ser uma reunião de um
material não aproveitado durante anos. Mas High Hopes demonstra que Bruce, ao
lado da afiadíssima E Street Band e com participações especiais (como Tom
Morello, em praticamente todo o álbum) trazem ao nostálgico trabalho, um aroma
de novidade.
A faixa-título, com caprichado naipe de metais e Morello
chamando a atenção (sem cansar) é perfeita para shows, cabendo facilmente a
alcunha “sacolejante”. Já American Skin” (41 Shots) é outra de fácil
digestão, candidata a hino, que não dá para crer como algo tão bom ficou tanto
tempo na gaveta.
No resto do trabalho, o Boss acerta bem mais do que erra:
Just Like Fire Would é um dos seus mais fiéis retratos; Frankie Fell in Love
parece uma joia esquecida há 30 anos no estúdio; as baladas Hunter of Invisible
Game e The Wall são belíssimas. Já The Ghost of Tom Joad retorna ainda melhor
que a original, de 1995 (e obviamente, bem diferente da cover feita pelo Rage
Against the Machine). Ironicamente, Morello, ex-RATM, divide as vozes com Bruce
na canção.
A esperançosa Dream Baby Dream é indício de que High Hopes
honra seu título. Enquanto tem artista que passa sufoco pra lançar um álbum,
Bruce pegou as sobras dos últimos anos, requentou e as serviu como um majestoso
banquete. Delicie-se.
Nota: 8
Confira o videoclipe de High Hopes: