Créditos: rollingstone.com / Reprodução
O ano era 2001. Eu trabalhava em uma locadora de CDs e DVDs (saudosa CD Point). Os caras importaram esse álbum acima para a locação na loja. Não conhecia o artista. Claro, como quase todo mundo, brinquei com a semelhança do nome desse tal de Ryan Adams com o já conhecido Bryan Adams.
Assim que escutei o disco (Gold, segundo da carreira que já somam 15, em 15 anos), perdi o chão. Trafegando nesse terreno entre o rock'n'roll, o country rock, o blues e o folk, é/era basicamente as coisas que mais gosto/gostava de ouvir. Para um velho fã de Creedence Clearwater Revival e Neil Young, era um sopro de vitalidade nas músicas que gostava (adendo: o Wilco é um capítulo à parte).
O álbum é muito bom e existem muitas canções ali que poderia apontar, e que talvez apontarei em postagens futuras, como Firecracker, Answering Bell, Touch, Feel and Lose e The Rescue Blues. Mas naquele primeiro momento, em que atendia a clientela, uma me chamou particular atenção, pois eu atendia o cliente por alguns minutos e ela ainda estava ali, ecoando nas caixas de som.
Nobody Girl é uma canção com letra subjetiva e que vai crescendo gradativamente, sem cansar em nenhum momento, em seus quase 10 minutos de duração, que sinceramente, são poucos. Arranjos primorosos, ótimos timbres de guitarra e bateria (que infelizmente ele não mais os utiliza hoje) e muita emoção em cada acorde sublinham essa linda música, fadada ao esquecimento, na qual o refrão só chega a plenos pulmões aos 3'30'', quando um terço dos músicos famosos da humanidade já encerravam suas músicas.
Reserve este tempo e divirta-se. Confira abaixo a música.
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