quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Melhores de 2016


Créditos: Kerrang.com / Reprodução

Uma tradição que começou há 15 anos não deveria ser quebrada. A menos por um HD que pifa. Por isso, não teve os melhores de 2015. Mas mesmo o novo computador estando bem (até o momento) e o autor destas linhas, ironicamente, estando um bagaço, eu não me furto da obrigação, apesar de o tempo para ouvir música em 2016 ter sido extremamente reduzido. E minha paciência, ser cada vez menor. Vícios da idade. Lamentem. Foram só 62 trabalhos escutados e alguns, sem tanto tempo, culpa de querer manter os blogs perante dois empregos, a cerveja ocasional recorrente, os jogos de tênis e o ócio que é preciso cultivar. Fora as filas nos bancos, nas padarias e supermercados, que ninguém contabiliza, mas é uma soma considerável. Enfim, chega de choro, apesar dos pesares, não desisto, apenas fraquejo, pois pestanejar também é esporte.

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Começo sempre com a foto de quem beliscou o top 20 e ficou só na vontade. Falo do Biffy Clyro, que há mais de uma década resolveu deixar de fazer música torta e instigante e hoje virou uma boa banda convencional de rock, assim como trocentas outras. Mas estão ganhando lá seus milhões e quem sou eu pra julgá-los? Ellipsis vale a audição, tem 6 músicas boas ali.

E o top 20 prossegue assim:

20° Ciro y Los Persas - Naranja Persa

Terceiro e pior trabalho do grupo argentino liderado por Andrés Ciro Martínez (que liderava a banda Los Piojos, na qual os dois últimos trabalhos são muito bons), decepcionou, não por ser ruim, mas por Espejos (2010) e 27 (2012) serem claramente melhores.

19º Panic! at the Disco - Death of a Bachelor

Eu sei que eu posso apanhar na rua em colocar um trabalho do Panic! no ranking. Mas fazer o que? Acredite, tem músicas legais ali. Eu só continuo ouvindo o grupo graças ao segundo álbum (o bonito Pretty Odd, de 2008), mesmo sabendo que quem quis fazer aquele disco não está mais na banda. Mas a teimosia às vezes dá retorno.

18º Molina y Los Cósmicos - El folk de la Frontera

Esses uruguaios estão de parabéns. Folk de boa qualidade, é uma pena que o trabalho é curto, dá vontade de ouvir mais.

17° Primal Scream - Chaosmosis

O grupo nunca seguiu uma regra fixa, mas sempre tem alguma música que gruda (Where the Light Gets In) e outras bem interessantes.

16º Suede - Night Toughts

Nunca gostei do Suede. Então para entrarem no ranking, imaginem o quanto esse disco é bom.

15° Illya Kuriaky & The Valderramas - L.H.O.M.

Gostinho de decepção de um dos meus grupos latinos prediletos. Ainda tem muita coisa boa no caldeirão sonoro dos argentinos, mas depois do majestoso Chances (2012), o álbum deixa um pouco a desejar, mesmo tendo 5 grandes músicas ali.

14º Sting - 57th & 9th

Obrigado Sting, por largar aqueles álbuns temáticos (que gostarei daqui uns 10, 15 anos) e voltar a fazer um som mais direto e comercial.


13° Radiohead - A Moon Shaped Pool

Melhor que o King of Limbs, algo já memorável. Ainda distante dos melhores trabalhos, mas aí é injusto, pois a banda tem trabalhos incríveis. Mas me soa como um bom recomeço.


12° The Jayhawks - Paging Mr. Proust

Não inventaram a roda, mas timidamente, sempre trafegaram muito bem ali no cantinho do folk / rock / country.


11° Green Day - Revolution Radio

O grupo continua no dilema entre ser um U2 pras arenas e a banda de moleques que tocam punk rock. Nessa mistura maluca, acabam sempre fazendo seus gols, mesmo que o preparo físico já não seja o mesmo.

10° Vaga Luz - Qualquer palavra pra curar

Um pop rock bem competente e de muito bom gosto, com belos timbres, com nítidos ecos de Los Hermanos e Transmissor, com grande potencial para as rádios, se estivéssemos há uns 10 ou 12 anos atrás. Som bem feito, agradável, que tem tudo para crescer, apesar das mazelas e dificuldades do mercado atual.


9º  M O O N S - Songs of Wood & Fire

O trabalho impressiona pela maturidade musical, pelo bom gosto nos arranjos e em cada detalhe, alguns bem sutis. Parece um trampo de um medalhão no folk com 40 anos de estrada, mas quem escreveu mal chegou nos 30. De idade. Surpreendente, ouça com fones.

8º Wilco - Schmilco

escrevi sobre o trabalho. O disco está longe de ser ruim, mas sabemos que os caras podem fazer muito, muito mais.

7º Rolling Stones - Blue & Lonesome

Stones renascendo, voltando ao berço em sua provável despedida dos estúdios. O disco titubeia um pouco no início, mas depois desce que é uma beleza, como uma bebida amarga ou um uísque, para os fãs. Obrigado por tudo.

6º Weezer - White Album

Uma bela surpresa. Não vou dizer que entra no pódio dos melhores álbuns deles, mas é bem superior a muitos tropeços que cometeram nos últimos anos.

5° Metallica - Hardwire... To self-destruct

Quando o Metallica percebeu que não precisa tentar reinventar a roda (como tentou em 4 trabalhos de estúdio desde 1996), mas apenas reciclar o que faz bem (como o ótimo Death Magnetic, de 2008), não tem erro. Mas precisava ser um trabalho quase interminável?

4° Bruno Mars - 24k Magic

Nada original, mas extremamente bem produzido, bem construído, munido das melhores referências (Michael Jackson, Stevie Wonder, James Brown), para fazer um dos melhores discos pop do ano. Pop até demais, eu diria, quase cansa, de tão mastigado.

3° Céu - Tropix

Só comecei a ouvir o trabalho a menos de um mês de fazer o ranking, mas me impressionou nas primeiras audições. Se se sustenta, só o tempo dirá.

2° Norah Jones - Day Breaks

CASA COMIGO, Norah!

1° David Bowie - Blackstar

Após toda a comoção, fiquei uns 8 ou 9 meses sem escutar o álbum , tentando separar o disco de sua morte, mas é impossível, estão ligados de forma umbilical. A morte pode ser bela.














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