Créditos: foofightersbr.com / reprodução
Após muita pompa e expectativa, é inegável alguma decepção após escutar as 8 faixas de Sonic Highways, oitavo álbum de trabalho do Foo Fighters. O cd está umbilicalmente ligado ao documentário de mesmo nome e isso pode explicar bem o porquê do CD ter desapontado.
Este processo de gravar cada
música em uma cidade é interessante, mas funciona muito mais para o
documentário (que é MUITO legal) do que para o álbum. Parece que o trabalho foi
feito/finalizado às pressas, muitas músicas com uma audição mais atenta e
paciente, talvez não chegariam na mixagem.
Por exemplo, I Am the River é bonita, mas é cansativa, se prolonga demais, erro que já cometeram antes. Já Something from Nothing tem o mérito de inovar na estrutura (e o demérito de plagiar o riff de Holy Diver, do Dio), com o refrão só entrando aos 3'30'', mas é inferior a qualquer primeiro single que a banda já lançou, algo que sempre fizeram bem (Rope, The Pretender, Best of You, All My Life, Learn to Fly, Monkey Wrench e This is a Call). The Feast and the Famine também agrada pelo espírito punk. A que melhor desceu foi What Did I Do, God as My Witness, que se difere um pouco das demais.
Já as músicas Outside e In the Clear pouco acrescentam e Subterranean, aborrece.
Por exemplo, I Am the River é bonita, mas é cansativa, se prolonga demais, erro que já cometeram antes. Já Something from Nothing tem o mérito de inovar na estrutura (e o demérito de plagiar o riff de Holy Diver, do Dio), com o refrão só entrando aos 3'30'', mas é inferior a qualquer primeiro single que a banda já lançou, algo que sempre fizeram bem (Rope, The Pretender, Best of You, All My Life, Learn to Fly, Monkey Wrench e This is a Call). The Feast and the Famine também agrada pelo espírito punk. A que melhor desceu foi What Did I Do, God as My Witness, que se difere um pouco das demais.
Já as músicas Outside e In the Clear pouco acrescentam e Subterranean, aborrece.
A impressão que fica é de um trabalho preguiçoso. Sem o mesmo ímpeto e energia do ótimo Wasting Light (2011) que está anos-luz à frente. Aliás, esta não é nem uma crítica a um trabalho hum, mais "contemplativo" do grupo, pois o subestimado Echoes, Silence, Paticience & Grace (2007) é digno de aplauso, ao menos neste espaço.
Participações especiais reforçam
que o disco parece uma trilha sonora do documentário, até porque os próprios
músicos convidados (muito bons, por sinal), tiveram tímidas presenças. Parece que estavam ali apenas para “fazer média” e ressaltar a participação em cada
música, de um músico de alguma cidade, endossando a ideia do filme. Mas fazem pouquíssima diferença, uma pena. A impressão é de que a música ficou em segundo plano. Se o Dave Grohl achasse mais duas cidades pro documentário, o CD teria dez faixas. Parece que o álbum não foi o cerne do planejamento.
Na discografia da banda, este
novo álbum só não é inferior ao One By One (2002). Mas este,
possuía dois hits instantâneos (All My Life e Times Like These). Sonic Highways não possui nenhuma
canção deste quilate. Algumas são interessantes, mas que não empolgam ou
emocionam, como deveriam.
Sonic Highways não chega a ser ruim. Ele é apenas medíocre e só não estará fadado ao esquecimento, por causa do documentário, que é impressionante. O disco é o filho mais feio, que a gente tem o mesmo apreço, mas que chama menos a atenção que o bonito, o filme.
Assista ao videoclipe de Something from Nothing:
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