Luciano Viana / Divulgação
Na última quinta-feira, 12 de dezembro, os norte-americanos
do Incubus se apresentaram pela primeira vez em Belo Horizonte, enchendo pela
metade o Chevrolet Hall, reunindo entre 2,5 mil e 3 mil pessoas (estimativa do
meu olhômetro, que já viu um bocado de shows por ali).
A banda é conhecida pela criatividade, improvisos e técnicas
de seus álbuns e esta expectativa obviamente se transfere para o palco. Porém,
após o mais recente trabalho, o bom e intimista If Not Now, When?, no qual a
banda pisa no freio e (quase) solta uma obra de MPB, percebe-se que o grupo no
momento está com outra mentalidade e proposta.
Do último álbum, foram três músicas, ótimas chances de ir ao
bar pegar cerveja (mas não deu certo, em virtude das filas, explico
detalhadamente mais abaixo). Vários hits foram executados fazendo a alegria do
público, como Wish You Were Here, Drive, Talk Shows on Mute, Nice to Know You,
Megalomaniac, Stellar, Anna Molly e Dig. Boa parte do público presente era da
faixa de 25 a 35 anos, o que me fez (e muitos outros) voltar no tempo em dez
anos, quando frequentava o Matriz e via shows de hardcore, grunge e o que mais
aparecia, com várias bandas tocando Incubus e amizades surgindo ali, para serem
fortalecidas nesta nublada noite de dezembro de 2013.
Para quem nunca viu um show do grupo, certamente o saldo foi
positivo e agradou: os caras continuam tocando bem, Brandon Boyd permanece com
excelente voz e o repertório (apesar da ausência de pérolas como Circles, Love
Hurts, Oil and Water e Pistola) agradou.
Para quem já tinha visto a banda nas outras duas vezes que
esteve no Brasil (2007 e 2010), ficou um gostinho de que poderia ser melhor, o
grupo poderia ter se “doado” mais no palco, sendo menos comportado e com o
repertório menos engessado (quase sem alterações para os demais shows da tour).
Ao final o saldo é positivo, agora é esperar 2016 (pois
parece que eles gostam de vir a cada 3 anos) para perceber se voltarão a ser
agressivos (como nas origens funk rock e new metal) ou se vão aprofundar nesta
proposta mais “amena”.
Estrutura
O Chevrolet Hall continua sendo a maior sauna coletiva de
Minas Gerais, talvez do Brasil. Mesmo com metade da lotação, o desconforto com
o calor é enorme.
Outro queixa (eterna) são os filas nos bares. Eles não
permitem que a pessoa compre fichas, a cada momento que você precisa consumir,
precisa pagar. Não sei quem foi o JENIO que implantou isso, só posso
parabenizar. Queria comprar 4 cervejas, levaria uma e pegaria três fichas. Mas
NÃO. Eu tenho que pegar 4 vezes a mesma fila (que demora não menos que 10
minutos, com a casa com 50% da lotação, ressalto) pra comprar a mísera cerveja.
Tal iniciativa une o inútil ao desagradável, pois irrita a clientela e o bar
obviamente vende muito menos.
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